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abril 21, 2020 -

[SÉRIES] Ragnarok





Ragnarok
Original Netflix | Formato: Série | Status: Em andamento (2020 - Presente)
Gênero: drama, fantasia, super herói | Temporadas: 1 | Episódios: 6
Duração média: 45 Min | Dub/Leg (NO)

O Ragnarok, do ponto de vista dos nórdicos, consistiria numa grande batalha entre os deuses que, como consequência, provocaria uma série de catástrofes naturais no planeta que culminariam no apocalipse. E se essa batalha estivesse acontecendo agora mesmo bem debaixo dos nossos narizes? É à partir dessa premissa que uma das novas apostas europeias da Netflix se desenvolve.

A história se inicia quando Magne e sua família retornam para Edda após vários anos fora, ao chegar na cidade o garoto tem um encontro incomum com uma senhora misteriosa que desperta algo dentro dele. Então os poderes de Thor parecem de repente correr em suas veias e ele se vê ligado ao passado obscuro do lugar assolado pelas mudanças climáticas causados pelas empresas da família mais rica e poderosa da região, os Jutul — que são bem mais do que os olhos podem ver. Imediatamente acontecimentos catastróficos fazem Magne ir parar no caminho dos poderosos e assim guerra final se reinicia.

Um dos pontos drásticos, além de errinhos chatos de coerência e furos de roteiro, em que a série peca é no seu lado didático: para mim se tornou quase possível escutar os produtores dizendo “não tenho paciência para quem está começando!”. É como se esperassem que todos os espectadores tivessem uma bagagem preexistente que abrangesse mais do que alguns filmes da Marvel. Como fã assumido de mitologia greco-romana e um entusiasta das demais, me senti terrivelmente ofendido com a falta de informações divididas com o público, e para mim, isso configura um dos pontos negativos da produção norueguesa. Outro adendo importante é a falta de conexão de alguns dos personagens com com público que, ao contrário de Skam, onde estes são extremamente carismáticos e entregues a ponto de se jogarem em nossos colos para serem amados e protegidos — ressaltando o próprio Magnus, interpretado também por David Alexander Sjøholt, o Magne —, senti um triste distanciamento. Entretanto, acredito que tais pontos serão trabalhados com mais carinho em temporadas futuras para que a série possa mostrar seu verdadeiro potencial.

Acredito que aos fãs de Neil Gaiman e de Magnus Chase & Os Deuses de Asgard a série serve muito bem. Mas até os leigos no assunto têm alguns pontos positivos aos quais se agarrar: o tão amado P. Chris de Skam chamou atenção como Fjor, e de forma muito inteligente a produção satiriza quase que imediatamente os impactos da poluição e do aquecimento global em nosso planeta, com a ajuda da fotografia sensacional da ficcional cidade de Edda e da jovem de Isolde, uma das personagens mais injustiçadas que já conheci, a série acaba levando isso diretamente para o centro de seu enredo de uma forma brilhante, apesar de não tão original, colocando divindades como o centro dos distúrbios globais. E agora para os fãs da Marvel, também temos um paralelo interessante: Magne e Laurits trazem uma relação Thor e Loki com seus altos e baixos digna de Chris Hemsworth e Tom Hiddleston bastante divertida de se ver. Acredito inclusive que Laurits é uma das maiores expectativas para a segunda temporada, já que mesmo em segundo plano conseguiu chamar bastante atenção pelos atributos tão conhecidos do deus da trapaça.

Encerro ressaltando o sabor agridoce deixado em minha boca após o final de Ragnarok, embora a temporada não tenha sido uma das melhores, ainda há esperança e as apostas para a segunda temporada estão feitas.

Resenha por: Jonathan Chagas

Um comentário:

  1. Oii

    Não assistimos ainda essa série, mas confessamos chamou nossa atenção esses dias, mas não começamos a assistir. Adoramos a postagem e saber mais, excelente ♥

    VOU ARRASAR BLOG

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