[RESENHA] Hippie, de Paulo Coelho

Sinopse: “Quem quer aprender deve começar olhando à sua volta.” Em seu livro mais autobiográfico, Paulo Coelho nos leva a reviver o sonho transformador e pacifista da geração hippie. Paulo é um jovem que quer ser escritor, deixa os cabelos longos e sai pelo mundo à procura da liberdade e do significado mais profundo da existência. Uma jornada que vai desde a prisão como terrorista pela ditadura militar brasileira, em 1970, enquanto viajava pela América do Sul até o encontro com Karla, em Amsterdã; quando juntos resolvem ir até o Nepal no Magic Bus. No caminho, os companheiros que vivem uma extraordinária história de amor, também passam por transformações profundas e abraçam novos valores para suas vidas.

Paulo é um jovem brasileiro com o sonho de escritor, ele está em busca de uma explicação mais profunda sobre sua existência e o cenário de Setembro de 1970 é tomado por pessoas em busca do mesmo que ele, entretanto, os hippies muitas vezes são julgados pelas outras pessoas e rotulados como vagabundos apenas por serem quem são.

Em busca pela liberdade, Paulo planeja uma viagem pela América do Sul, mas ao chegar em Amsterdã, ele conhece Karla, uma jovem holandesa também em busca de novas experiências e que está procurando uma companhia para embarcar em uma viagem de muitos quilômetros no Magic Bus até o Nepal e é em Paulo que Karla vê uma pessoa ideal para acompanhá-la. A partir dai, sua maior missão é convencê-lo a embarcar nessa nova aventura.

Quando ambos seguem juntos na viagem, Paulo e Karla acabam se envolvendo sentimentalmente, mas acima de tudo, passam por transformações diversas em suas vidas embarcando em um novo mundo cheio de novos conhecimentos.

Em sua obra autobiográfica, Paulo Coelho recria através das palavras a era hippie dos anos de 1970, fazendo com que o leitor aprofunde em uma história parcialmente real conhecendo afundo sua jornada e vivendo novas experiências. Em um mundo capitalista, opressor e intolerante, a história nos mostra outros valores da vida em que um grupo de hippies ousa desafiar todos os padrões impostos, construindo sonhos transformadores de uma nova geração.

A escrita é em terceira pessoa, permitindo o leitor conhecer mais sobre os outros personagens, como por exemplo, de outras pessoas que estão no Magic Bus para a viagem até o Nepal. Paulo também narra sobre o período da ditadura militar no Brasil em que chegou a ser preso acusado de ser terrorista, porém, alega inocência.

Hippie é um livro que permite ao leitor viver novas experiências e gostei bastante de sair da minha zona de conforto de leitura para conhecer mais sobre como foi a era hippie de 1970. Não é um livro muito grande, mas que envolve o leitor em cada página e por fim, indico para todos a obra, vale a pena se aventurar em um mundo finalmente livre da opressão.