[RESENHA] Placebo Junkies, de J.C. Carleson

Título: Placebo Junkies (Placebo Junkies)
Autor(a): J.C. Carleson
Editora: Rocco (Selo Fábrica 231) // livro cedido pela editora
Páginas: 304
Gênero: ficção
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Sinopse:
Audie é uma jovem como qualquer outra, mas encontrou uma forma incomum de descolar uns trocados: ela serve de cobaia para a indústria farmacêutica. Neste irreverente romance, J.C. Carleson, ex-agente da CIA, mergulha no universo pouco conhecido, mas muito impressionante, dos voluntários em série de testes farmacológicos. Na tradição de Trainspotting e Drugstore Cowboy, doses cavalares de humor negro disputam espaço na trama com o drama de jovens que vivem no limite. No caso de Audie, ela precisa juntar dinheiro para oferecer a Dylan, seu namorado que tem uma doença terminal, uma festa de aniversário de 18 anos inesquecível. “Não há ganho sem dor”, ela repete, em meio aos efeitos colaterais das substâncias e procedimentos a que está sujeita e aos esquemas para lidar com eles. Mostrando as entranhas de um mundo desconhecido da maioria das pessoas, Placebo junkies arrancou elogios da crítica com sua narrativa original e completamente viciante.

Audie é uma rata de laboratório. Ela participa de vários testes de drogas em troca de dinheiro. Ela diz pra si mesma que não há ganho sem dor, e de fato, não é tão ruim assim, até que ela decide fazer uma maratona de pesquisas junto com sua amiga, Charlotte.

Sua intenção é ganhar dinheiro suficiente pra fazer uma viagem pra Patagônia com seu namorado, Dylan, que está em remissão de câncer. É uma ideia bem louca - sem falar no perigo - de fazer tantos testes de drogas em um curto período de tempo, mas ela acha que Dylan merece.

Apesar de não ter gostado do romance entre Audie e Dylan, não tem como não se identificar com a Audie quando ela quer agradar ele. Dylan pra ela é um porto seguro no meio do caos, e todos nós temos pessoas assim. Ficamos tão "viciadas" na segurança que nosso porto seguro nos traz, que acabamos ficando cegos pra certas situações envolvendo essa pessoa. O foco do livro não é sobre essa situação, mas adorei esse elemento na trama.

O final me surpreendeu muito e me deixou um pouco confusa, confusão essa intencionada pela autora, já que é assim que Audie se sente. Eu nunca tinha lido nada com essa temática, mas adorei entender, pelo menos um pouco, sobre esse mundo de experimentos farmacêuticos, e o que levam pessoas a se submeterem à eles.

A escrita da autora é fluída, apesar do tema forte. O livro fala sobre liberdade e o que estamos dispostos a fazer pra conquistá-la, de uma forma tão irreverente que mesmo após ter lido o livro, fiquei pensando nele por muito tempo.

Quotes

"Então, claro, essa vida pode me matar. Mas, na minha experiência, a vida real mata você ainda mais rápido."

"Somos todas apenas produto de nosso meio. Nem todo mundo tem a força para romper com seu passado."