Entrevista com a autora Marianna Leão

E aí, gente?
Venho com uma entrevista maravilhosa com a Marianna Leão, autora de Clube da Meia-Noite (que já resenhei aqui), ela é muito simpática, gente!

1. Primeiramente, nos conte um pouco sobre você.
Quando eu ficar velha serei a tia do pavê. Sério, se fazer piadas sem graça fosse esporte olímpico eu provavelmente teria uma coleção de medalhas. Tenho uma gata preta chamada Arya Stark, ela adora brincar com bolinhas de papel e me acordar de madrugada. Me estresso mais do que deveria (por isso tenho cabelo branco desde os 15 anos) e assisto mais séries do que a OMS consideraria saudável. Sou nerdfighter, potterhead e viciada em histórias.

2. "Clube da Meia-Noite" é o seu único livro ou tem outros?
Eu já publiquei o conto “O Garoto de Setembro”, no projeto Doze por Doze do blog Nem te Conto. Nesse projeto, eu e mais onze autores escrevemos um conto cada falando sobre os meses do ano.  Tem muita gente bacana participando, vale a pena conferir!
O Clube da Meia-Noite é o meu primeiro livro “solo” publicado, espero ter novidade do meu próximo lançamento em breve.

3. Qual foi sua inspiração para escrever "Clube da Meia-Noite"? 
Foram várias na verdade. Eu sempre quis estudar em um internato, a ideia de morar com todos os meus amigos sempre me pareceu incrível. Com o passar do tempo, eu transferi essa vontade para a escrita.
A parte dos assassinatos vem do meu longo histórico de leituras policiais nas aulas de química, matemática e física, combinadas a maratonas intermináveis de CSI. Eu sabia que seria difícil trabalhar com mistérios, fazer com que a história fosse surpreendente e coerente. Esse desafio tornou o processo de escrita muito divertido e o de revisão muito frustrante. Sempre que eu achava um plot hole ficava fula da vida comigo mesma.
Já para a criação da cidade e a coisa toda das famílias fundadoras eu me inspirei um pouco no que eu vi em uma cidade do interior de Minas, Pequeri. Eu passei a maior parte da minha adolescência lá e sempre achei engraçado como essa coisa de sobrenome tinha peso na cidade. Acho que isso acontece em todo lugar, mas quando a comunidade é menor fica mais evidente.

4. Como você escolheu sua editora?
No período que eu tentei lançar o Clube da Meia-Noite eu estava na pindaíba (não que agora seja muito diferente, rs). A coisa é que, eu não queria que a minha situação financeira fosse um obstáculo para a publicação do meu livro, então mandei primeiro para as editoras que aceitavam manuscritos online. Uma não me respondeu até hoje, outra me pediu 20 mil reais para publicar, uma me rejeitou e a Chiado me ofereceu uma proposta razoável e prometeu até eu ter todo o dinheiro que eles me pediram.
Essa primeira publicação me ensinou muita coisa, então eu vou dar um conselho pra quem deseja buscar uma editora: pesquise e tenha paciência. Eu sei que a ansiedade de ver o seu livro impresso é grande, mas ter pressa quase sempre vai te trazer dor de cabeça.

5. Desde quando você escreve e o que te fez começar a escrever?
Quando eu era mais nova tinha muita dificuldade para fazer amigos da minha idade (idosos e adolescentes tinham cadeira cativa na minha lista de amizades). Eu tinha um gênio bem difícil e era diferente demais das outras crianças. Era bolsista, gordinha, nunca fui vaidosa e era criada pela minha avó. Receita perfeita para bullying.
O problema é que eu não queria que a minha avó se preocupasse comigo, queria que ela pensasse que eu tinha vários amigos na escola e que me divertia muito. Então eu escrevia diários de mentira, neles eu contava como a minha rotina seria se eu fosse “a garota popular”.
Com o tempo eu comecei a escrever fanfics de desenhos, novelas e até de Power Rangers. Escrever sempre foi uma válvula de escape pra mim. Eu uso as minhas estórias pra desabafar, realizar sonhos e alterar fatos que, na vida real, eu não sou capaz de mudar.

6. Quais escritores te inspiram?
São tantos! Jane Austen, J.K.Rowling, Salinger, e, atualmente, John Green. Mais como pessoa que propriamente como autor. Eu sou viciada no vlog dele e as reflexões que ele faz sempre me despertam sentimentos e ideias inspiradoras.

7. O que gosta de fazer nas horas vagas?
Sair com os meus amigos, aprender (devoro todos os cursos online grátis que consigo acessar), ler, ver séries, escrever, brincar com a minha gatinha, tocar violão e fingir que eu sei cantar.

8. O que você espera conquistar com seus livros?
Eu espero que meus leitores encontrem na leitura das minhas estórias o mesmo conforto que eu encontrei enquanto as escrevia. Que eles sintam desconforto, que se questionem e que eu consiga estimulá-los a se abrirem para o mundo.

9. Quando decidiu escrever o livro, teve o apoio de alguém especial?
Do meu namorado e da minha melhor amiga. Os dois revisaram o texto e foram mais incríveis do que eu merecia. Deram muitos conselhos e me cobriram de tantos elogios que, às vezes, eu me sentia a nova J.K.Rowling.

10. Deixe um recado para os leitores do blog "Virando Amor".
Se você chegou até aqui, obrigada por ler a minha entrevista, obrigada por ter se interessado pelo meu livro! Eu espero ter a oportunidade de te conhecer pessoalmente algum dia para trocar figurinhas sobre livros e autores. E, se você sonha em ser um escritor, não sonhe, seja! Escreva, publique no Watpadd ou em blogs, dê vida às suas histórias! Você e seus personagens merecem essa chance.

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