[RESENHA] A Sorte do Agora, de Matthew Quick

Título: A Sorte do Agora (The Good Luck of Right Now)
Autor(a): Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 224
Gênero: romance, ficção
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Sinopse:
Bartholomew Neil passou todos os seus quase 40 anos morando com a mãe. Depois que ela fica doente e morre, ele não faz ideia de como viver sozinho. Wendy, sua conselheira de luto, diz que Bartholomew precisa abandonar o ninho e fazer amigos. Mas como um homem que ficou a vida toda ao lado da mãe pode aprender a voar sozinho? Bartholomew então descobre uma carta de Richard Gere na gaveta de calcinhas da mãe e acredita ter encontrado uma pista de por quê, afinal, em seus últimos dias a mãe o chamava de Richard... Só pode haver alguma conexão cósmica! Convencido de que Richard Gere vai ajudá-lo, Bartholomew começa essa nova vida sozinho escrevendo uma série de cartas altamente íntimas para o ator. De Jung a Dalai Lama, de filosofia a fé, de abdução alienígena a telepatia com gatos, tudo é explorado nessas cartas que não só expõem a alma de Bartholomew, como, acima de tudo, revelam sua tentativa dolorosamente sincera de se integrar à sociedade. Original, arrebatador e espirituoso, A sorte do agora é escrito com a mesma inteligência e sensibilidade de O lado bom da vida. Uma história inspiradora que fará o leitor refletir sobre o poder da bondade e do amor.

Em A sorte do agora conhecemos Bartholomew Neil, um cara de 40 anos que passou a vida toda morando e cuidando de sua mãe. Logo após ela morrer de câncer, ele fica perdido, sem saber o que fazer com sua vida sem a mãe, pois ele nunca trabalhou ou fez outra coisa a não ser cuidar dela. Após o acontecido, Bartholomew encontra uma carta de Richard Gere na gaveta de calcinhas da sua mãe e a partir daí ele começa a se corresponder com o astro, e é assim que o livro inteiro é contado, através dessas cartas.

Conhecemos Padre McNamee, que tenta ajudar Bartholomew nesse momento difícil, indicando Wendy, que vira sua conselheira de luto. Mas quando Padre McNamee decide ir morar com Bartholomew, acaba irritando Wendy porque ela acha que não será algo positivo ao tratamento de Bart. Então Wendy implora para que Bart comece a frequentar um grupo de apoio e lá ele conhece Max, que é louco por gatos e fala pelo menos um palavrão em cada frase e está sofrendo pela perda de sua gata, Alice. Após ele realizar um de seus objetivos de vida, que é tomar cerveja com uma pessoa de sua idade, ele descobre que Max é irmão da Meninatecária, a garota que ele vê sempre que vai à biblioteca mas nunca teve coragem de se aproximar.

Eu já tinha lido O lado bom da vida, outro livro do autor e eu amei, com A sorte do agora não foi diferente. O autor tem um jeito especial de abordar personagens com transtorno, e faz isso com simplicidade. O livro é daquele tipo que você não espera muita coisa, mas acaba te surpreendendo de uma forma inexplicável.

É uma leitura bem rápida e divertida, devorei as páginas querendo saber o final, e não me decepcionei, o final é surpreendente. Bartholomew é inocente na maioria das vezes, mas não aquele tipo de inocência que te faz ficar sem paciência com o personagem, chega a ser fofa até. Não consigo pensar em algo ruim sobre o livro, ele facilmente virou meu favorito. Recomendo a todos.

Quotes:

"Às vezes tenho a impressão de que não acredito o bastante em nada a ponto de fazer uma contribuição significativa para o mundo."

"Não sabemos nada. Mas podemos escolher como reagir a tudo que acontece com a gente. Sempre temos uma escolha. Lembre-se disso!"

"Sempre que algo de ruim acontece com a gente, uma coisa boa acontece. Normalmente com outra pessoa. Essa é A Sorte do Agora. Precisamos acreditar. Precisamos. Precisamos. Precisamos."

"Lembre-se de que não conseguir o que se quer, algumas vezes, é um tremendo golpe de sorte."