[RESENHA] O Reino de Zália, de Luly Trigo

Sinopse: No primeiro livro de fantasia de Luly Trigo, uma princesa se vê obrigada a assumir o governo do país em meio a revoltas populares, intrigas políticas, conflitos familiares e romances arrebatadores.
Por ser a segunda filha, a princesa Zália sempre esteve afastada dos conflitos da monarquia de Galdino, um arquipélago tropical. Desde pequena ela estuda em um colégio interno, onde conheceu seus três melhores amigos, e sonha em seguir sua paixão pela fotografia.
Tudo muda quando Victor, o príncipe herdeiro, sofre um atentado. Zália retorna ao palácio e, antes que possa superar a perda do irmão, precisa assumir o posto de regente e dar continuidade ao governo do pai. Porém, quanto mais se aproxima do povo, mais ela começa a questionar as decisões do rei e a dar ouvidos à Resistência, um grupo que lidera revoltas por todo o país. Para complicar a situação, Zália está com o coração dividido: ela ainda nutre sentimentos por um amor do passado, mas começa a se abrir para um novo romance.
Agora, comprometida com um cargo que nunca desejou, Zália terá de descobrir em quem pode confiar - e que tipo de rainha quer se tornar.

Zália é a filha mais nova do rei de Galdino e por isso nunca teve que se preocupar tanto com assuntos tratados à monarquia, uma vez que seu irmão, Victor, esteve à frente e assumiu o posto de regente, já que seu pai não se encontra em boas condições para governar.

Entretanto, a população do arquipélago não anda satisfeita com o rei e seu governo e por isso foi criado um grupo forte chamado Resistência, que provoca diversas revoltas. A situação se complica ainda mais, quando Zália é chamada no Colégio Interno em que estuda e é avisada que Victor sofreu um atentato e sem ao menos ter tempo para lamentar a perda de seu irmão, a menina se vê diante de um impasse, tendo que deixar para trás seu sonho de ser fotógrafa e de viajar pelo mundo para se tornar a nova regente. 

Enquanto Zália vai adquirindo conhecimentos sobre o governo, mais ela se aproxima do povo e começa a entender o grupo Resistência, mas ao compreender esse outro lado da moeda, a menina começa a questionar as decisões de seu pai, assim como a entender que não são todas as pessoas que ela pode confiar para estar ao seu lado. Além do mais, para complicar, Zália está com seu coração dividido entre um amor do passado ou um novo amor. 

Será que Zália será uma boa rainha e fará o que é certo? 

O Reino de Zália traz da melhor forma possível uma boa representatividade da atual situação que se passa no Brasil. Como vemos logo no início, o livro fala muito sobre política e o mais legal é a maneira como somos instigados a pensar ao longo da leitura, fazendo com que não seja apenas um romance qualquer, mas sim recheados de abordagens importantes e com ótimas referências.

O livro acabou me surpreendendo e ao ver como Zália é uma garota que apesar de tão jovem, é tão forte e consegue lidar com situações embaraçosas. Por ter passado boa parte de sua criação em um colégio interno, longe de toda regalias do castelo, a menina acaba tendo um lado mais "humanizado", que consegue ver e dar atenção para o que a população deseja e isso faz de Zália um diferencial ao assumir como regente após a morte de seu irmão.

E claro, como não poderia faltar o romance que nos faz deixar com o coração acelerado, aquecido e agoniado ao ver Zália dividida entre dois amores: um do passado e um do presente. 

A obra de Luly Trigo acaba sendo indispensável para leitura, apesar de ter uma pegada mais jovem, é indicado para todas as idades, pois há valiosos ensinamentos adquiridos. Indico para todos se aventurarem junto com Zália nessa história repleta de descobertas, reviravoltas e aprendizagem.