navegar pelo menu
fevereiro 18, 2019 -

[RESENHA] Se a rua Beale falasse, de James Baldwin





Título: Se a rua Beale falasse (If Beale street could talk) // Autor(a): James Baldwin // Editora: Companhia da Letras (recebido em parceria com a editora) // Páginas: 224 // Gênero: ficção // adicione ao skoob // compre aqui
SINOPSE: Lançado em 1974, o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny, seu noivo, preso injustamente. Livro que inspirou o filme dirigido por Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight.
Tish tem dezenove anos quando descobre que está grávida de Fonny, de 22. A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, embora não haja nenhuma prova que o incrimine. Convicta da honestidade do noivo, Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão.
Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo. Ao revelar as incertezas do futuro, a trama joga luz sobre o desespero, a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano.

Tish conhecesse Fonny desde que eram crianças. Eles cresceram juntos, e parecia certo (apesar da mãe dele discordar) que eles ficassem juntos. E tudo indica que é assim que vai ser, porque eles estão noivos e Tish está esperando um filho. Mas por uma crueldade do destino, ela tem que dar essa notícia pra Fonny na cadeia.


Fonny foi hostilizado por policiais e acusado de estuprar uma moça porto-riquenha. Então ele foi preso – sem ter nada que o incrimina e nem ter um julgamento – e tem que aguardar atrás das grades enquanto sua noiva não mede esforços pra tentar provar sua inocência.

"A mesma paixão que salvou o Fonny fez com que ele se encrencasse e fosse para a cadeia. Porque, veja bem, ele havia descoberto seu centro, seu próprio centro, dentro dele: e isso era visível. Ele não era o preto de ninguém. E isso é um crime na porra deste país livre."

O livro é contado sob o ponto de vista das memórias de Tish, nos contando sobre seu relacionamento com Fonny, sobre estar grávida. E aí temos uma família, a de Tish, que consequentemente é a de Fonny pois eles cresceram juntos, tentando libertá-lo a todo custo. O pai de Fonny, Frank, se preocupa muito com o filho, algo que não é tão aparente vindo da mãe e das irmãs.


É muito triste pensar que em 40 anos desde a publicação original, que foi em 1974, a história consegue ser tão atual e real. Melhoramos em muitos quesitos desde então, mas ao mesmo tempo parece que estamos parados no tempo e ainda temos um longo caminho pela frente pra chegarmos numa sociedade igualitária e sem discriminação.

"Nem o amor nem o terror deixam a gente cega: só a indiferença faz isso."

É um livro que deveria ser lido por todos, sobretudo nos tempos sombrios atuais que vivemos. Além de mostrar claramente a perseguição de um policial a um negro, também mergulhamos no romance de Tish e Fonny que é lindo de ver, a união deles. O autor tem uma forma bem visual e única de descrever as cenas e é bem interessante isso. Recomendo tanto o livro quanto o filme, que foi indicado três vezes ao Oscar!


Já conhecia o livro ou ficou curiosx pra ler?

2 comentários:

  1. Uau, já quero!
    Não conhecia esse livro e amei a resenha.
    Parece uma boa história, envolvente e com muito conteúdo.

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Olá Carol!!!
    Eu não conhecia muito da história só o básico mesmo da mesma e tinha curiosidade de ver o filme, mas agora quero ler pra depois saber mais acerca dessa história.
    Adorei a resenha e já estou indo adicionar na minha lista de leitura *-*

    lereliterario.blogspot.com

    ResponderExcluir

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial