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março 27, 2018 -

[RESENHA] Uma Dobra no Tempo, de Madeleine L'engle




Sinopse: Um clássico da fantasia e da ficção científica emerge!
Era uma noite escura e tempestuosa; a jovem Meg Murry e seu irmão mais novo, Charles Wallace, descem para fazer um lanche tardio quando recebem a visita de uma figura muito peculiar.
“Noites loucas são a minha glória”, diz a estranha misteriosa. “Foi só uma lufada que me pegou de jeito e me tirou da rota. Descansarei um pouco e seguirei meu rumo. Por falar em rumos, meu doce, saiba que o tesserato existe, sim.”
O que seria um tesserato? O pai de Meg bem andava experimentando com a quinta dimensão quando desapareceu misteriosamente... Agora, com a ajuda de três criaturas muito peculiares, chegou o momento de Meg, seu amigo Calvin e Charles Wallace partirem em uma jornada para resgatá-lo. Uma jornada perigosa pelo tempo e o espaço. Uma dobra no tempo é uma aventura clássica, que serviu de inspiração para os mestres da fantasia e da ficção científica do mundo, agora adaptada para os cinemas pela Disney. Junte-se à família Murray nesta jornada, entre criaturas fantásticas e novos mundos jamais imaginados.

Após o desaparecimento de seu pai, Margaret Murry começa a despencar em suas notas na escola e agir agressivamente com seus colegas de turma que não perdem uma oportunidade de provoca-la. Vinda de uma família de cientistas, Meg, com doze anos, é e se sente a “lerda” da família por conta de sua forma de entender o mundo e sempre buscar atalhos para aquelas questões mais complexas — como a matemática, onde ela desenvolve os exercícios de sua própria maneira sem seguir os passos do professor. Ela vive com sua mãe e sus irmãos, porém ela é mais próxima de seu irmão mais novo Charles Wallace que tem uma incrível capacidade cerebral para entender as coisas.

O livro começa a se desenvolver mesmo quando Meg, Charles Wallace e um amigo da escola de Meg, Calvin, embarcam numa aventura intergaláctica para salvar seu pai, com ajuda de três criaturas — Srta. Quequeé, Srta. Quem e Srta. Qual — que os auxiliam no que eles chamam de “dobra no tempo” — uma forma totalmente diferente de viajar entre planetas — que é mais rápido que a velocidade da luz, usando a quinta dimensão para isso.

No decorrer da narrativa conseguimos distinguir pontos importantes para o desenvolvimento dos personagens e suas personalidades, a aceitação de seus defeitos e a forma como são eles que os fazem serem únicos e especiais. Da mesma maneira que nos faz refletir sobre a capacidade humana de entender como o mundo de fato é e como somos reféns de nossos sentidos mais aguçados (como por exemplo a visão).
O que chamou atenção, no entanto, é o fato de ser uma ficção científica sobre o desenvolvimento do universo com pontos bem elaborados para o entendimento das dobras no tempo e as divergências entre planetas, porém, ainda sim, a escritora conseguiu contextualizar, não uma religião em si, mas Deus, como um todo, sempre fazendo referências a passagens bíblicas e em como Deus sempre está presente em nossas vidas.

Um livro que nos faz entender um pouco melhor sobre como é ser diferente, repensar o conceito de família e o que você estaria disposto a sacrificar pelo bem de quem se ama, com um leve toque de auto aceitação para conseguir transformar tudo o que você é — seja pelos defeitos ou qualidades — em perseverança e força para conseguir salvar-se da escuridão.
É uma leitura agradável, fácil e instigante, quando você menos espera já está no final, entretanto não é nenhuma história extraordinária que você levará para toda a sua vida, eu diria que é mais como um livro para se ler numa tarde fria e chuvosa onde você queira se transportar, ou melhor: dobrar o tempo, para um universo totalmente diferente.

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