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abril 17, 2015 -

Texto




                       
                       
               
                         Fim do mundo     

Quando éramos criança e quando brincávamos correndo para lá e para cá e às vezes caiamos, achávamos que a pior dor do mundo era aquele machucado no joelho e no braço, mas ai é crescer um pouquinho mais e descobrir que o que dói mais que um esfolado no joelho é a dor no coração. Deixamos de nos machucar com brincadeiras e começamos a nos machucar com pessoas. Criamos expectativas demais, nos apaixonamos intensamente, desiludimos frequentemente, desfazemos amizades, terminamos relacionamentos e ás vezes nem tudo sai como planejamos. Criamos inimigos na escola, formamos grupinho com os amigos, planejamos um programa legal pro final de semana. Passamos ao menos um domingo do ano debaixo das cobertas comendo brigadeiro para aliviar a magoa daquele amor que se foi. Passamos a semana toda ouvindo músicas deprimentes que falam sobre seus sentimentos. Ignoramos aquela mensagem daquele carinha que você ficou na balada no último sábado para esquecer seu ex, pegamos o boletim na escola e adivinha? Vermelho na matemática. E mais uma vez esquecemos de ser feliz. Porque é sempre mais difícil se reerguer na hora do tombo do que deixar se dominar pela tristeza.
E dai você cresce mais um pouco e deixa de se preocupar se tem ou não inimigos, deixa de se preocupar com o que os outros pensam e falam de você e sem perceber a vida fica corrida. Pegar metrô, estação de ônibus, chegar no trabalho. Tudo uma correria só e se olharmos para trás pensamos o quão bobo são as preocupações na época da adolescência e esquecemos que quando vivemos isso julgamos tudo tão importante. E sem ao menos perceber uma vida se passa e você se pergunta se foi feliz, se você se permitiu ser feliz.
A dor ela sempre vai existir, a tristeza sempre vai estar de plantão para bater na sua porta antes mesmo da felicidade chegar é uma questão de opção você querer que ela fique com você. Nenhuma tristeza é eterna, nenhuma lagrima dura para sempre. Tudo que tem um final trágico sempre há recomeços melhores, é questão de ponto de vista. De bater no peito e dar a volta por cima. De saber que o mundo gira, que do mesmo jeito que tudo que vai volta, a felicidade tem uma casa e tem que ser dentro da gente.








Um comentário:

  1. Fico na dúvida da minha preferida, Isadora ou Carol? Acho que n tem, as duas são maravilhosas, nasceram com esse lindo dom de escrever.. Que Deus continue abençoando a vida de vcs!

    Bjsss
    diariamentedicas.blogspot.com

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