
Sinopse:
A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver.
Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de vinte e quatro anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido. Uma experiência inesquecível, que os marcará para o resto da vida.
Com rara sensibilidade, André Aciman constrói uma viva e sincera elegia à paixão, em um romance no qual se reconhecem as mais delicadas e brutais emoções da juventude. Uma narrativa magnética, inquieta e profundamente tocante.
Depois de ter ganhado o Oscar de melhor roteiro adaptado,
não poderia deixar de ler essa história para saber qual seu nível de
grandiosidade e, confesso, apesar de ter criado poucas e muitas expectativas,
elas ainda foram supridas da melhor forma possível.
Me chame pelo seu nome se passa em uma cidadezinha na Costa
da Itália e conta a história de Elio, filho de um professor universitário que
todo ano, nos verões, recebe um escritor para ajudar em seus manuscritos e, em
troca, ajuda o mesmo com seus afazeres de escritório.
Em um primeiro momento Elio está acostumado com essa rotina
de todo ano, por seis semanas, hospedar um escritor diferente. Até que, em um
dos anos, se depara com Oliver, de 24 anos que está lá com o mesmo objetivo dos
outros — trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito. O que Elio não esperava é
que começaria a ter desejos por este jovem rapaz que acabou de aparecer em sua
casa.
Sem se dar conta do que está acontecendo, Oliver — com sua
antipatia e desinteresse — convive normalmente, enquanto Elio começa a
demonstrar traços de uma possível paixão que começa a surgir em seu interior.
“O que me inquietou, no entanto, não foi a manobra
sofisticada necessária para me redimir. Foi a incômoda desconfiança que senti
ao finalmente perceber, tanto ali como na conversa despreocupada perto dos
trilos do trem, que o tempo todo, sem que parecesse, sem nem mesmo admitir, eu
já estava tentando — sem sucesso — conquista-lo” — Página 14.
Percebemos também traços de um jovem que tenta se conhecer e
entender melhor o que se passa em seu coração, com várias reflexões que nos
deixam inquietantes quanto a busca pela felicidade e também a entender melhor o
que significa estar apaixonado.
“Eu só precisava encontrar a felicidade dentro de mim em vez
de esperar que ela viesse dos outros na próxima vez.” — página 63.
No decorrer da história vemos toda a dúvida que um jovem de
17 anos pode ter sobre si mesmo e sobre os desejos aguçados que começam a
florescer dentro de si e somos apresentados as borboletas no estomago que nos
remete ao primeiro amor — Tanto do Elio quanto ao que nós mesmos já tivemos.
Tudo o que temos, porém, é a versão de Elio sobre os
acontecimentos, então ainda fica a dúvida sobre tudo o que Oliver pensava nas
mesmas cenas em que Elio se remoía por dentro para tentar encontrar uma brecha
para saber se todo aquele desejo era recíproco ou não.
A escrita do autor é leve e intensa. Ao mesmo tempo que ele
narra uma cena em três páginas, consegue resumir um dia inteiro em algumas
linhas sem deixar que perca a emoção sobre a história.
No início, para mim, era como uma história como qualquer
outra, sobre um romance que iria acontecer e saberíamos onde ele levaria os
personagens no final. Entretanto, há um Plot Twist no final que faz tudo aquilo
que você imaginou saber — e toda a previsão que você fez sobre a história dos
dois — mudar sua perspectiva sobre como as pessoas veem os outros e a si mesmo.
Um grande ensinamento deste livro, sem dúvida, é sobre o
medo de amar e que nossos sentimentos só dependem de nós mesmos para dar certo!
“O tempo nos deixa sentimentais. Talvez, no fim, o tempo
seja o motivo pelo qual sofremos.”
Que lindo!
ResponderExcluirParece ser uma história muito boa e com muitos ensinamentos; quero assistir o filme também.
Beijos